A Polícia-Técnico Científica de São Paulo revelou, nesta segunda-feira (12), a causa da morte das vítimas do acidente com o avião em Vinhedo, no interior de São Paulo. Segundo o órgão, as 62 pessoas que estavam a bordo faleceram devido a politraumatismo provocado pelo impacto da queda. Essa informação foi divulgada pelo Instituto Médico Legal (IML) e confirmada por Vladmir Alves dos Reis, diretor do órgão: “Hoje, nós temos a certeza de que todos morreram de politraumatismo. É um fato científico, a aeronave despencou de uma altura de 4 mil metros e, ao atingir o solo, o choque foi extremamente violento, causando politraumatismo em todas as vítimas”, afirmou.
Além disso, o diretor do IML esclareceu que as vítimas já estavam sem vida com o impacto da queda e somente depois foram carbonizadas. As queimaduras que resultaram na carbonização de alguns corpos foram consequências secundárias do politraumatismo. Segundo o boletim emitido pelo governo do Estado de São Paulo no final da tarde desta segunda-feira, 12 dos corpos identificados foram liberados aos familiares e outros 3 estão em processo de liberação. O diretor assegurou que todas as vítimas serão completamente identificadas antes de serem entregues às famílias.
Para auxiliar no processo de identificação, a Polícia Científica do Paraná enviou 31 amostras de DNA e 19 registros odontológicos para os peritos paulistas. Além disso, a Força Aérea Brasileira (FAB) disponibilizou uma aeronave para transportar os corpos das vítimas de São Paulo para o Paraná. O acidente, que envolveu um avião bimotor modelo ATR-72 com 62 pessoas a bordo, sendo 58 passageiros e 4 tripulantes, ocorreu em um condomínio no bairro Capela, em Vinhedo, interior de São Paulo. A empresa VOEPASS divulgou os nomes das vítimas e destacou que ainda não há informações sobre as causas do acidente.
Todos os corpos das vítimas já foram retirados dos destroços e encaminhados para o Instituto Médico Legal de São Paulo para a identificação. Durante o processo, a Polícia Federal utilizou um scanner 3D moderno, que agilizou a localização dos corpos. O porta-voz do Corpo de Bombeiros, Maycon Cristo, explicou que foi realizada uma perícia externa na aeronave, seguida por um trabalho minucioso de recorte do bimotor para acessar partes de difícil alcance. Todas as evidências, como documentos e dispositivos eletrônicos, foram cuidadosamente coletadas para auxiliar na identificação das vítimas.
Com base em toda a coleta de evidências, os corpos foram removidos e levados ao IML de São Paulo para concluir a identificação. A investigação continua em andamento para esclarecer as circunstâncias que levaram ao trágico acidente em Vinhedo.