Samuel Oliveira, mais conhecido como Samuka, nadador paralímpico, compartilhou detalhes sobre seus preparativos para competir nos Jogos Paralímpicos Paris 2024 em uma entrevista ao portal LeoDias.
Animado com a oportunidade de representar o Brasil na capital da França, Samuka revelou seu principal objetivo na disputa e também seu maior medo. A cerimônia olímpica, que inclui um desfile com os paratletas pelas ruas, está marcada para esta quarta-feira (28/8) às 15h, saindo da Avenue des Champs-Élysées em direção à Praça La Concorde.
“Pretendo realizar uma excelente competição e colocar em prática todo o meu treinamento ao longo deste ciclo. Minha meta principal é superar os chineses mais uma vez, desta vez nas Paralimpíadas. A preparação tem sido intensa, são anos de dedicação e espera por este momento. A equipe e a comissão técnica têm um papel fundamental, tornando cada treino uma experiência que reflete o que será em Paris”, afirmou o atleta.
“Eu tenho receio de não conseguir alcançar minhas expectativas, mas não permito que isso afete meu desempenho. Conheço meus adversários, mas preciso ficar vigilante em relação aos chineses”, complementou Samuel.
Ao ser questionado sobre possíveis melhorias para os atletas paralímpicos, o fenômeno da natação não hesitou em sua resposta: “Acredito que é necessário um maior investimento por parte do governo. Muitos atletas hoje enfrentam dificuldades em obter o suporte e a estrutura necessários para seguir carreira”.
“Precisamos de mais visibilidade na mídia e do reconhecimento de que possuímos as mesmas capacidades dos atletas convencionais. É fundamental mostrar ao mundo a grandeza que alcançamos como atletas e que merecemos a mesma atenção e destaque que os atletas olímpicos recebem atualmente”, finalizou Samuel Oliveira.
Recentemente, o jovem viralizou com um vídeo compartilhado nas redes sociais em que questionava a ausência de influenciadores nos Jogos Paralímpicos, bem como a cobertura limitada de veículos de fofoca e canais de televisão fechados. “Por que isso? Nós somos diferentes? Não! Vamos mudar isso!”, concluiu o nadador, ressaltando a importância da visibilidade e reconhecimento para os atletas paralímpicos.
