A Seleção Brasileira enfrentou o Uruguai na Fonte Nova, em Salvador (BA), na última terça-feira (19/11), e o empate não foi a única decepção da noite. Um setor do estádio ficou praticamente vazio devido ao alto preço dos ingressos, o que resultou em uma presença de público muito abaixo do esperado.
O setor em questão, onde poucos torcedores estavam presentes, tinha ingressos sendo vendidos por R$ 600. Já o ingresso mais acessível para a partida foi o chamado “bilhete solidário”, que possibilitava ao torcedor doar dois quilos de alimento não perecível e pagar R$ 100 pela entrada.
A Fonte Nova tem capacidade para 49 mil espectadores, porém apenas 41.511 torcedores compareceram ao jogo entre Brasil e Uruguai. Nas transmissões televisivas, era visível o grande espaço vazio no setor mencionado. Por outro lado, no setor destinado aos ingressos solidários, a cadeira superior norte, a presença de público foi consideravelmente melhor.
Durante a semana, nas redes sociais, torcedores expressaram descontentamento em relação aos preços dos ingressos. Muitos internautas reclamaram da falta de oportunidades para ver os jogadores de perto durante a estadia da seleção na Bahia, já que os treinos não foram abertos ao público.
A responsabilidade de determinar os preços dos ingressos das partidas da seleção brasileira não é da CBF, mas sim das arenas que estabelecem parcerias com a entidade para sediar os jogos. Após as críticas em relação aos valores e aos espaços vazios na Fonte Nova durante o clássico sul-americano, a CBF se posicionou afirmando que só realizará jogos da seleção em locais onde possa ter controle sobre os preços dos ingressos.
Segundo a CBF, a decisão sobre os preços dos ingressos para o confronto entre Brasil e Uruguai na Fonte Nova foi tomada pela empresa responsável, o que resultou em descontentamento por parte da entidade. A única exigência feita pela CBF foi a disponibilização de 12 mil ingressos ao valor de R$ 100 (meia entrada) mediante a doação de dois quilos de alimentos. Essa ação solidária arrecadou 24 toneladas de alimentos. O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, que é baiano, foi duramente criticado pela situação dos preços dos ingressos e pela baixa presença de público no estádio, o que manchou sua imagem perante os torcedores.