A cantora Paula Fernandes abordou de forma franca a questão da saúde mental dos artistas que lidam com a intensa pressão da exposição na mídia. Recentemente, ela chamou atenção ao concordar com Simone Mendes ao comparar a fama a um presídio, destacando a falta de liberdade em ambas as situações. Em um momento libertador, a cantora sertaneja desabafou sobre os desafios de manter a estabilidade psicológica enquanto enfrenta o caos e a pressão decorrentes do sucesso.
Paula Fernandes ressaltou a desconexão entre a percepção do público e a realidade enfrentada pelos artistas, ao mencionar comentários recorrentes que recebia, questionando se aquela era a vida que ela realmente queria após tantos anos de luta. A artista enfatizou que, apesar de ter batalhado por 32 anos para conquistar sua posição e ser quem é, a vida artística vai muito além do que as pessoas imaginam, não sendo um conto de fadas como muitos acreditam.
Além disso, a cantora destacou as dificuldades específicas enfrentadas pelas mulheres na indústria musical, citando o peso das exigências estéticas e a carga de trabalho adicional que recai sobre elas. Paula Fernandes apontou a pressão para se manter em forma, maquiada e em excelente condição física como fatores que contribuem para um desgaste emocional significativo, especialmente pela constante necessidade de estar na estrada.
A artista também fez questão de ressaltar a humanidade por trás da figura pública, lembrando que, acima de tudo, são seres humanos sujeitos a cansaço, estresse e variações de humor. Ela enfatizou a importância do respeito e empatia, pedindo compreensão quando um artista não está no seu melhor dia, lembrando que o público muitas vezes desconhece os desafios e dificuldades enfrentados nos bastidores.
Por fim, Paula Fernandes deixou um conselho direto para aqueles que romantizam a vida de um artista, convidando-os a olhar para além do glamour e considerar o lado humano e as dificuldades inerentes a essa profissão. Ela frisou que, apesar do sonho de viver da música, é essencial lembrar que, acima de tudo, os artistas são pessoas com suas próprias batalhas e limitações.