A mãe de Francisco de Assis, também conhecido como o Maníaco do Parque, Maria Helena de Souza, concedeu uma entrevista impactante falando sobre seu filho. A decisão da Justiça de possível soltura do criminoso em 2028 deixou a senhora de 77 anos indignada, argumentando que ele não estaria preparado para a liberdade. Em suas declarações a Ulisses Campbell, ela foi questionada se desejava reencontrar-se com ele após a soltura, e Maria afirmou que não o receberia em sua casa caso isso viesse a acontecer. Porém, sob a influência de Luís Carlos Pereira, seu filho mais velho, ela reconsiderou sua posição. “Não há como recebê-lo. Ele é outra pessoa. Afinal, se passaram 30 anos. Nem mesmo sei quem ele é agora. Além disso, moro em uma residência modesta e tenho receios quanto ao assédio da imprensa. O ideal seria que ele fosse morar em Portugal, onde há uma mulher que o ama e deseja levá-lo para lá”, afirmou Maria à coluna de Ulisses Campbell, do jornal O Globo.
Alfinetada por Luís, a mulher decidiu então que receberia Francisco de braços abertos. Em seguida, ela comentou que talvez ele ainda não estivesse pronto para se readaptar à convivência social, ressaltando que não o visita há aproximadamente uma década. Com relação a possíveis reincidências criminosas fora da prisão, Maria Helena declarou sua confiança de que o Maníaco do Parque não representaria mais perigo, pois acredita que ele se transformou ao longo dos anos de encarceramento. “Aquele Francisco era uma pessoa, mas hoje ele é outra”, ponderou. Em referência aos laudos apontando-o como um “psicopata”, a idosa esclareceu que teria buscado ajuda caso notasse algo preocupante, porém jamais se deparou com sinais alarmantes. Ainda sobre o afastamento das visitas, atribuiu a situação à dificuldade financeira e à manifestação prévia do filho de não querer mais encontros com familiares.
De maneira emocional, Maria Helena revelou sua repulsa ao apelido “Maníaco do Parque” atribuído a Francisco de Assis pela mídia. “É um nome amaldiçoado que a imprensa lhe deu. Para mim, ele é amaldiçoado e sempre será”, afirmou. Ela compartilhou que diversas mulheres visitam o criminoso na prisão e demonstram admirá-lo, enviando cartas e expressando seus sentimentos por ele. De acordo com Maria, as visitantes auxiliam com suprimentos alimentícios e contribuições financeiras. “Sempre as tratei muito bem, e elas também falaram muito bem dele. Sempre foram bem recebidas por ele”, destacou. O caso do Maníaco do Parque foi um dos mais graves de serial killers no Brasil, aterrorizando os cidadãos de São Paulo em 1998. O assassino foi condenado a mais de 268 anos de prisão pela morte de sete mulheres e confessou ter cometido nove homicídios. Um filme protagonizado por Silvero Pereira, narrando a história do criminoso, tem previsão de estreia para outubro no Prime Video.