Certo de que já viveu experiências de grande impacto ao longo de sua trajetória, o que lhe propiciou incontáveis sucessos, Luan Santana resolveu levar a sério o comentário de quem acredita que só lhe faltava ir à Lua. E não é que ele foi e carregou, só de plateia, 600 pessoas junto?
A aventura não aconteceu fisicamente, claro, mas foi proporcionada graças ao trabalho coletivo de uma equipe de profissionais gabaritados e tão sonhadora quanto o artista, capaz de fazer o melhor uso da tecnologia hoje disponível para proporcionar grandes experiências. Isso permitiu ao cantor promover uma imersão no universo lunar por meio de recursos cenográficos, de iluminação, áudio e grandes emoções, unidos por uma engenharia de planejamento e efeitos inéditos.
Esta foi a concepção que norteou a apoteótica gravação do novo DVD do artista, LUAN AO VIVO NA LUA, realizada apenas com fãs e convidados do artista, em Cotia (SP), na noite desta quarta-feira (17). Em um prazo de quatro meses, a partir de uma ideia concebida em conversa com o cenógrafo Zé Carratu, Luan conseguiu transformar uma folha de rabiscos em realidade.
O projeto traz 13 canções, todas inéditas e candidatas a hits em todas as plataformas digitais, do Brasil a Portugal, endossando o histórico de praxe de Luan Santana. “Entregamos um projeto onde implantamos de forma pioneira no país várias técnicas de cenário, iluminação e projeções em um domo de 25 metros de diâmetro e um show de forma simultânea e ao vivo. Toda essa desafiadora operação envolveu mais de 300 profissionais em eventos, produtores e técnicos extremamente experientes, motivados e empenhados em uma entrega grandiosa”, sintetiza o produtor executivo Thiago Gomes.
Em altura, o Domo alcançou 12,5 m de pé direito, com 100% de temperatura climatizada. Foram 5 projetores internos, 50 mil ANSI Lumens laser (únicos na América Latina), 8 projetores externos de 25 ANSI Lumes, e mais de 300 profissionais em ação para fazer a Lua literalmente acontecer em solo paulistano. Foi a primeira vez que luz, projeção interna e externa, cenários, câmeras e público estiveram integrados dentro de um DOMO no Brasil. A montagem e os testes de toda a estrutura consumiram nada menos que 14 dias de trabalho.
Entre as 18 câmeras utilizadas para registrar todo o espetáculo, entraram em cena modelos da Alexa, hoje consideradas as mais modernas no mercado e normalmente adotadas em produções da indústria audiovisual, do cinema ao streaming. “Essa ideia começou há uns quatro meses atrás entre mim e o Luan. E a gente pensou nessa situação do domo partindo do planetário”, lembra o cenógrafo Zé Carratu. Luan Santana completa: “A gente queria que houvesse uma imersão totalmente diferente, com imagens em 360 graus, envolvendo todo o público e o Luan. A princípio, iríamos fazer no planetário, e a gente se demoveu da ideia pelo tamanho. Veio então a ideia do domo. Dentro desse domo, nós construímos um stage, de modo que as pessoas quase entrassem dentro desse palco, quer dizer, na situação de 1,40m abaixo, e abraçassem totalmente o palco”.
Foi isso o que aconteceu, comemora o cenógrafo. Todo o sistema de luz, de projeção e de som foi apartado do piso do domo. Pisos independentes foram instalados ali, com projeção e luz próprias, para evitar que a estrutura fosse afetada pela vibração do palco. Diretor-geral que pela primeira vez trabalha com Luan Santana, Douglas Aguillar concluiu a gravação com o fascínio que convém a um projeto deste tamanho.
A proposta era “construir uma Lua”, no caso, uma “meia Lua, com sua textura toda projetada no chão. A imersão dos fãs começaria já na van que os levou ao show, com áudio e luz à altura da proposta. “A gente brinca bastante os conteúdos com toda a roupagem que deu ali para esse interior do domo, para as músicas, etc. São bem lúdicas. Há uma liberdade poética, narrativa, que conversa com a música, mas não diretamente. Esse universo lúdico construído inteiramente foi a busca que a gente teve o tempo todo.
Gosto de falar que é um projeto de dois artistas, o nosso protagonista, obviamente que é o Luan, a nossa estrela, mas o conteúdo é como se fosse um segundo artista”, avalia o diretor. Até por isso, acredita Aguillar, o DVD não conta com a participação de outros convidados. “O Luan é gigante, é um dos maiores artistas que a gente tem no Brasil, e trabalhar com ele já é, de cara, um baita privilégio.” E conclui: “Uma frase que eu li, que é muito boa, é ‘O céu não é mais limite’, né? Agora a gente está na Lua, no espaço.”
Aguillar elogia o time reunido no projeto, citando o cenógrafo Zé Carratu, o light designer e iluminador Carlinhos Nogueira, o fotógrafo Analdo Mesquita, o time da MARC Films nos equipamentos, o Epa no áudio e a Goga cuidando de toda a parte de vídeo. A playlist da ocasião é composta por “Aluga-se”, “Parece”, “Coisas Que Eu Não Vou Deixar de Ter”, “Clone”, “Se Arrependimento Matasse”, “Meia-Noite às Seis”, “Sedutor”, “Violão”, “Dona”, “Chuva ou Choro”, “Novo Sozinho”, “Decidida A Me Esquecer”, “Eles Estavam Certos”, e “Receita”.
O time de compositores inclui Matheus Marcolino, Henrique Casttro, Paulo Pires, Léo Sagga, Ray Antônio, Guilherme Ferraz, Diego Ferrari, Éverton Matos, Rapha Lucas, Matheus Costa, De Ângelo, Eliabe Quexin e Elvis Erlan. “Eu sempre quis levar os meus fãs para todos os lugares, inclusive até a Lua. Esse foi o jeito que encontrei para gravitar com eles em todas as fases”, afirma Luan. E conseguiu!
Quem esteve na gravação em Cotia saiu impactado com a apresentação fenomenal e com a sensação de ter vivido uma experiência espacial. Aliás, dizem que a distância da Terra à Lua é de aproximadamente 384.400 km. O Meteoro nos provou que, com ele, chegamos na velocidade do som!