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terça-feira, 24/12/2024
InícioOlimpíadas Paris 2024Italiana será a primeira atleta trans na Paraolimpíada

Italiana será a primeira atleta trans na Paraolimpíada

Pela primeira vez em sua história, a Itália terá uma representante transgênero competindo nas Paraolimpíadas de Paris 2024. Valentina Petrillo, de 50 anos, participará das provas de atletismo na classe T12, destinada a pessoas com deficiência visual. Ela competirá nas modalidades de 200 e 400 metros. Valentina concluiu seu processo de transição em 2019 e recebeu aprovação tanto do Comitê Paralímpico Internacional quanto da Federação Internacional de Atletismo Paralímpico para disputar os jogos.

Apesar de suas vitórias recentes, com duas medalhas de bronze conquistadas no mundial paralímpico de 2023, quando ainda estava em processo de transição, Valentina já ostentava uma carreira sólida no esporte. Antes de sua transição, ela acumulou 11 títulos como atleta masculina. Aos 14 anos, Valentina foi diagnosticada com a síndrome de Stargardt, uma condição degenerativa que resulta em deficiência visual. Mesmo enfrentando essas adversidades, a atleta não desistiu de sua paixão pelo esporte e até mesmo integrou a seleção italiana de futebol de cinco para jogadores cegos como goleira.

A decisão de permitir a participação de Valentina Petrillo nas Paralimpíadas de Paris 2024 foi recebida positivamente pelo presidente do Comitê Paralímpico Internacional, Andrew Parsons. Em declaração à CNN, Parsons enfatizou a importância de respeitar a diversidade e as regras de cada modalidade esportiva. Ele afirmou que as federações internacionais devem ser respeitadas e que a World Para Athletics autorizou a participação de Valentina, portanto, ela será tratada como qualquer outro atleta durante a competição.

Andrew Parsons ainda ressaltou a necessidade de união no mundo esportivo em relação às políticas para atletas transgênero. Segundo ele, o respeito é fundamental e todas as questões devem ser pautadas pela constituição e pelas diretrizes de cada esporte. Para o presidente do Comitê Paralímpico Internacional, é imprescindível tratar os atletas trans com o devido respeito, garantindo que sejam acolhidos e tratados de forma justa em todas as competições.

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