Um dos temas mais comentados na última semana foi a surpreendente gravidez da influenciadora Isabel Veloso, que se tornou conhecida por compartilhar sua jornada como paciente de câncer terminal através das redes sociais. A situação de Isabel gerou apoio, debates e questionamentos sobre a possibilidade de engravidar enquanto enfrenta a doença.
Ao analisar as fotos de Isabel publicadas nas redes sociais, o chefe de oncologia da Clínica do Hospital Santa Clara Jorge Abissamra Filho aponta que não parece se tratar de uma paciente em estado terminal, mas sim alguém sob cuidados paliativos. Isso significa que, embora a doença não tenha cura do ponto de vista médico, não necessariamente resultará em um desfecho fatal em um curto período de tempo. Abissamra Filho ressalta que a situação de Isabel é incomum, pois a quimioterapia costuma diminuir a produção hormonal dos ovários, o que teoricamente dificultaria a ocorrência de uma gravidez. No entanto, com o acompanhamento adequado, é viável levar a gestação adiante de forma segura tanto para a mãe quanto para o feto.
Embora haja perspectivas positivas quanto à evolução saudável da gravidez, o especialista alerta para possíveis interferências no tratamento oncológico. A gestação pode impactar negativamente a continuidade dos procedimentos terapêuticos, seja pela impossibilidade de realizar certos tratamentos que representem riscos para a vida tanto da mãe quanto do bebê, seja pela influência dos hormônios produzidos durante a gravidez que poderiam favorecer a progressão da doença. Isabel Veloso, de 18 anos, anunciou sua gestação do primeiro filho em uma publicação nas redes sociais no último domingo. Na foto compartilhada ao lado de seu marido, Lucas Borbas, um quadro com a frase “Baby’s coming” revelava a alegria do casal com a chegada do bebê.
A influenciadora enfrenta um diagnóstico de câncer terminal e teria sido informada de que lhe resta pouco mais de um mês de vida, de acordo com as previsões médicas. Isabel foi diagnosticada com Linfoma de Hodgkin, um tipo de câncer que afeta uma região próxima ao coração. Ao longo de sua jornada, ela compartilhou publicamente os desafios e as etapas de seu tratamento, conquistando uma significativa visibilidade. Em março deste ano, Isabel havia divulgado que os médicos estimavam que lhe restavam apenas seis meses de vida, após tentativas anteriores de tratamento. Essa notícia evidencia a complexidade e os dilemas enfrentados por pacientes que lidam não apenas com uma grave doença como o câncer, mas também com decisões que envolvem a maternidade e saúde.
