A vida de Yuri Lima virou de cabeça para baixo por conta da traição sofrida e também de um golpe financeiro. O jogador do Mirassol está passando por um processo judicial para recuperar judicialmente R$ 49 mil investidos em criptomoedas. Esse investimento, que se revelou um golpe de pirâmide financeira, foi alvo de investigação da Polícia Federal (PF) em 2023, levando o atleta a acionar a Justiça de São Paulo na esperança de reaver o montante perdido.
O valor em questão foi depositado em uma conta da Braiscompany, empresa conhecida por aplicar golpes financeiros em pessoas de diversos estados. A promessa era de lucros acima do mercado de criptomoedas ao longo de 12 meses – o investimento foi feito em agosto de 2022. Ao adquirir o pacote de criptomoedas, Yuri acreditava estar fazendo um investimento com alto rendimento. Contudo, a empresa não cumpriu com a promessa de repassar parte dos lucros mensalmente aos clientes, gerando insatisfação e prejuízos.
A defesa do atleta alega que a Braiscompany deixou de efetuar os pagamentos, dando desculpas variadas para tentar enganar os clientes. Inicialmente, alegaram atrasos devido a uma suposta mudança nos mecanismos de pagamento. Depois, atribuíram os problemas a um bloqueio teórico. Yuri decidiu processar os sócios-proprietários da Braiscompany, o casal Antônio Neto Ais e Fabrícia Farias, que, inclusive, foram presos na Argentina no início do ano, mas conseguiram a mudança para prisão domiciliar, aguardando agora o processo de extradição de volta ao Brasil.
O Tribunal de Justiça de São Paulo determinou a desconsideração da personalidade jurídica nesse caso, visando a devolução do dinheiro a Yuri Lima. Em outras palavras, os bens dos sócios-proprietários poderão ser penhorados para ressarcir o jogador. Esta é mais uma história que evidencia a importância de verificar a idoneidade das empresas antes de realizar investimentos, principalmente em um mercado tão volátil quanto o das criptomoedas.