O breaking teve seu momento de estreia nas Olimpíadas de Paris, provocando uma grande repercussão na internet, especialmente devido à performance da dançarina australiana Rachel Gunn, conhecida como Raygun. Apesar de ser alvo de piadas por sua atuação nos jogos, Gunn conseguiu se consagrar como a melhor do mundo em sua categoria. Ela alcançou a posição número um no ranking mundial da World DanceSport Federation (WDSF) ao conquistar 1000 pontos na vitória do WDSF Oceania Championship em 2023. Essa mesma performance também lhe garantiu a vaga nos Jogos Olímpicos de Paris.
Durante as Olimpíadas, Rachel Gunn não pontuou ao perder para Estados Unidos, França e Lituânia, acumulando um total de 0 pontos em três disputas. Entretanto, a classificação no ranking não levou em conta seu desempenho em Paris, considerando apenas os campeonatos de 2023. Assim, os pontos conquistados por Gunn no Campeonato Continental da Oceania em outubro do ano anterior foram cruciais para sua liderança.
Os critérios utilizados pela DanceSport Federation para a elaboração do ranking foram questionados após a ascensão de Rachel Gunn. A organização esclareceu que a lista atual não inclui alguns campeonatos com seleções restritas de atletas, como os Jogos Olímpicos de Paris. Logo, a posição desfavorável de Raygun nas Olimpíadas não afetou sua pontuação global.
A repercussão da colocação de Gunn nas redes sociais gerou debates sobre os critérios de pontuação na dança esportiva. A federação explicou que a pontuação de Rachel expirará em outubro de 2024, resultando em uma possível mudança na classificação. O ranking deverá sofrer alterações durante a próxima competição da WDSF Breaking for Gold World Series em Xangai.
Após sua performance viral nas Olimpíadas, Rachel Gunn enfrentou críticas e comentários negativos nas redes sociais, inclusive sendo alvo de memes e comparações relacionadas ao seu visual e desempenho. Inicialmente lidando com a situação com humor, a dançarina expressou tristeza com a quantidade de ódio enfrentado. Em um vídeo no Instagram, agradeceu o apoio recebido, porém se mostrou impactada pelos comentários negativos.
Além disso, uma petição questionando o processo de seleção que levou Gunn a representar a Austrália nas Olimpíadas foi criada. Rachel, que também é professora universitária em Sydney, fez um apelo por respeito à privacidade de sua família e amigos, pedindo que a imprensa e a comunidade respeitassem esse momento delicado. Gunn mencionou seu retorno à Austrália para responder a mais perguntas e agradeceu o apoio recebido.
Essa situação envolvendo a dançarina australiana Rachel Gunn após as Olimpíadas de Paris evidencia não apenas a importância do desempenho esportivo, mas também a necessidade de respeito e empatia no ambiente online e fora dele. A trajetória de Gunn, de alvo de críticas a líder do ranking mundial, demonstra o impacto das redes sociais e o peso das palavras no cenário esportivo contemporâneo.