Com um evento de grande porte como as Olimpíadas, é natural que alguns imprevistos e desafios surjam, e na luxuosa Paris não foi diferente. A capital francesa tem enfrentado críticas devido ao aumento de roubos e à falta de estrutura para acomodar os mais de 10 mil atletas na Vila Olímpica. Muitas delegações têm relatado dificuldades e recorrido a soluções alternativas para lidar com os contratempos.
A cerimônia de abertura foi marcada por incidentes, como o assalto aos cabos do metrô de Paris, que causou caos na cidade. Durante os Jogos, mais casos de roubo foram registrados, incluindo o ocorrido com o ex-jogador Zico, que teve pertences valiosos furtados, resultando em um prejuízo milionário.
A situação na Vila Olímpica também tem gerado controvérsias. As condições dos alojamentos e da estrutura têm sido alvo de críticas, como as camas feitas de papelão, apelidadas de “anti-sexo”. Atletas, como o brasileiro Isaquias Queiroz, reclamaram do desconforto das camas nas redes sociais. Delegações como a sueca e a norueguesa tomaram medidas drásticas para melhorar o conforto dos competidores, comprando colchões e ventiladores, respectivamente.
Além dos problemas com as acomodações, a alimentação dos atletas tem sido motivo de insatisfação. A promessa de refeições preparadas por renomados chefs não se concretizou, deixando os competidores à mercê da comida servida no restaurante da Vila Olímpica. Filas enormes, comida de qualidade questionável e quantidade insuficiente têm sido relatadas, evidenciando a falta de organização.
Em entrevista ao jornal “The Times”, Andy Anson, chefe-executivo da Associação Olímpica Britânica, criticou as refeições da Vila, descrevendo-as como um “buffet de carne crua” devido à falta de certos alimentos e à qualidade dos pratos. A predominância de opções veganas/vegetarianas no cardápio também desagradou muitos atletas, que têm buscado alternativas para se alimentar, como almoçar e preparar refeições em alojamentos de outras equipes.
Diante de todas essas questões, o Brasil também optou por ter um restaurante particular para a delegação, garantindo assim uma alimentação adequada aos atletas diante dos desafios enfrentados na Vila Olímpica de Paris.