Nos últimos episódios da trama noturna da emissora Globo, o personagem Tião (interpretado por Irandhir Santos) será novamente detido e decidirá iniciar uma greve de fome. Em um gesto extremo, ele informará a Joana (personagem vivida por Alice Carvalho) que só se alimentará do que produzir, recusando-se a aceitar qualquer refeição na prisão. Com o passar dos dias, sua condição física irá deteriorar a ponto de estar à beira da morte. Em um momento de desilusão e desorientação, Tião terá visões da sombra do diabo vindo para buscá-lo.
Desesperada com a situação do marido, Joana irá vasculhar os pertences de Tião e encontrará uma pequena figura demoníaca em uma garrafa, a qual destruirá em um ato simbólico de enfrentamento. Essa cena remete a um acontecimento similar na versão original da novela em 1993, quando a personagem interpretada por Tereza Seiblitz também quebrava um objeto contendo um símbolo do Mal na casa de José Inocêncio (papel de Antônio Fagundes na primeira versão).
No entanto, no remake, o fazendeiro presenteou o roceiro com o boneco. Ao quebrar a garrafa e libertar o “diabinho”, Joana proferirá palavras carregadas de emoção contra a figura maligna e elevará preces a Deus e aos anjos. Enquanto isso se desenrola, o público testemunhará a jornada de Tião em direção à morte. Em um dos capítulos, escrito por Bruno Luperi, a atmosfera de despedida paira no ar: “É o fim do Tião como nós conhecemos…”.
A angústia de Joana alcançará o ápice ao deparar-se com a cena de Tião inerte na cela, acreditando estar morto. Em meio aos clamores desesperados, algo inesperado acontecerá: Tião, vivido por Irandhir Santos, ressurgirá da aparente morte. Uma aura de mistério e renascimento tocará a cena quando uma voz suave, quase etérea, ecoar pelos corredores da prisão, fazendo com que Tião desperte para a vida novamente, sob os olhares atônitos de Joana.
O renascimento de Tião após esse episódio tão sombrio será repleto de emoções e questionamentos. “Eu estou vivo?” indagará ele, entre lágrimas, enquanto Joana se emocionará com o retorno miraculoso de seu amado. Curiosamente, na versão de 1993, Tião encontrava a morte na prisão, culminando no desfecho da novela com Joana ao lado de Padre Lívio (interpretado por Jackson Costa).