Na terça-feira (6/8), a tensão tomou conta do torcedor brasileiro durante os 15 minutos de acréscimos no confronto contra a Espanha, somando mais três minutos além do previsto, o que causou desespero nas arquibancadas. Anteriormente, a equipe já havia lidado com 19 minutos adicionais contra as francesas, time da casa. Mas por que tanto tempo extra? O portal LeoDias esclarece a situação.
O aumento no tempo de acréscimo tornou-se uma prática padrão da FIFA desde a última Copa do Mundo no Catar, devido à ampliação de substituições de três para cinco jogadores, somada à recomendação de adicionar minutos para comemoração de gols. Na Copa do Mundo, os acréscimos chegaram a uma média de 9 minutos, porém, nas Olimpíadas, esse tempo tem ultrapassado os dois dígitos, com uma média de 15 minutos extras no segundo tempo. Em Paris, a proposta é coibir práticas como cera, demora na reposição de bola e outros artifícios que visam retardar o jogo, garantindo que o tempo seja acrescido ao final da partida.
Com os 18 minutos de acréscimo diante da Espanha nas semifinais, mais os 19 minutos contra a França nas quartas e somando os segundos adicionais da fase de grupos, a seleção feminina do Brasil já acumulou o equivalente a mais de uma partida apenas em tempo extra: um total de 114 minutos. Em cinco jogos nas Olimpíadas, a equipe brasileira jogou por um total de 564 minutos, nove minutos a menos que o time dos Estados Unidos, que ainda precisou de uma prorrogação na fase eliminatória.
Além disso, a seleção brasileira enfrentou uma maratona de partidas, jogando cinco vezes em menos de duas semanas, ou seja, em apenas 12 dias. O excesso de tempo extra tem sido uma realidade não apenas no futebol feminino, mas também no masculino, com o futebol brasileiro sofrendo com acréscimos acima da média. Nos torneios masculino e feminino das Olimpíadas, foram registrados incríveis 830 minutos adicionais em 54 partidas, resultando em uma média de 15,37 minutos por jogo.
Esses números revelam que o futebol nos Jogos Olímpicos tem sido marcado pela extensão do tempo de jogo, inclusive ultrapassando as médias registradas em competições anteriores. Os acréscimos no futebol da Olimpíada de 2024 foram de 498 minutos em 30 jogos no masculino, com uma média de 16,6 minutos extras por partida, e de 362 minutos em 24 jogos no feminino, correspondendo a 15 minutos adicionais por jogo. No total, entre as duas categorias, foram 830 minutos em 54 partidas, resultando em uma média de 15,37 minutos extras por confronto. Esses números indicam a tendência de prolongamento do tempo de jogo nas competições de futebol de alto nível.